Quando pediram para que a irmã Francisca cuidasse da alimentação do grupo de homens que reformavam o convento onde vivia enclausurada no coração de Santiago, no Chile, não tinha ideia do quanto aquilo mudaria sua vida.
Ela resume o que ocorreu em três palavras: "Começou meu calvário", segundo a emissora local TVN. Tudo ocorreu em 2012, quando a madre superiora autorizou um grupo de homens a dormir no convento onde trabalhavam. Francisca cuidava deles. Mas certo dia, aproveitando que ela não se sentia bem - segundo conta a religiosa -, um dos homens, Hernán Rios Valdivia, a levou para um quarto e a estuprou. Foi "um golpe assustador que mudou a minha a minha vida", relembra ela hoje.
A principal diocese da Igreja Católica no Chile diz que soube do caso apenas quando recebeu a notificação do processo civil e que, anteriormente, nunca tinha sido informada pela vítima ou pela madre superior. Francisca duvida dessa versão. Ela garante que advogados da arquidiocese a visitaram anteriormente com "suas irmãs" para discutir a sua renúncia. "Senti-me extremamente intimidada", diz a Francisca. O Vaticano não comentou o caso.



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