Travestidos de “manifestantes”, vândalos destroem Brasília

Incêndios provocados por baderneiros, travestidos de manifestantes atingiram a parte interna dos prédios do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento, além do edifício que reúne as pastas de Cultura e Meio Ambiente.
O fogo destruiu documentos, computadores e abalou a estrutura das salas mas, segundo o Corpo de Bombeiros, não houve feridos. Os prédios de toda a Esplanada foram evacuados, minutos antes do início das chamas.
Do lado de dentro do Congresso, a “oposição” estendeu uma faixa e deu início a tumulto.

O governo reagiu e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que o presidente Michel Temer decretou a “ação de garantia da lei e da ordem” e, com isso, tropas federais passarão a reforçar a segurança na região da Esplanada dos Ministérios.
Enquanto Jungmann fazia o pronunciamento, manifestantes ocupavam a Esplanada dos Ministérios para pedir a saída do presidente Michel Temer do governo.
O decreto assinado por Temer foi publicado em uma edição extra do “Diário Oficial da União” e prevê o emprego das Forças Armadas entre 24 e 31 de maio. A ordem é assinada pelo presidente, por Jungmann e pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões da GLO ocorrem nos casos em que há, segundo o Ministério da Defesa, “o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem”.
Ainda de acordo com o ministério, nessas ações, as Forças Armadas “agem de forma episódica, em área restrita e por tempo limitado, com o objetivo de preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições”.
Decreto autorizando as forças armadas
“O senhor presidente [Michel Temer] decretou, por solicitação do senhor presidente da Câmara, a ação de garantia da lei e da ordem e, nesse instante, tropas federais se encontram neste palácioi [do Planalto] no Palácio do Itamaraty e logo mais estarão chegando tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incólumes”, anunciou o ministro da Defesa no pronunciamento desta quarta.
Raul Jungmann não respondeu a perguntas de jornalistas, mas acrescentou que a manifestação na Esplanada dos Ministérios estava prevista como pacífica, mas “degringolou na violência, no vandalismo, no desrespeito, na agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas”.
Atos de vandalismo foram registrados em outros pontos da Esplanada, durante a tarde. No prédio dos ministérios da Cultura e do Meio Ambiente, documentos e computadores foram depredados. Vidros da fachada e das portas de acesso foram quebrados, mas também não havia registro de feridos no local até as 16h15.
Na área externa dos prédios, lixeiras, orelhões e banheiros químicos foram incendiados e usados pelos manifestantes para montar barricadas improvisadas. Segundo a Polícia Militar, grupos levavam estilingues para atirar pedras contra policiais.
Até as 16h30, também havia registro de danos aos ministérios do Turismo, da Fazenda, do Planejamento e de Minas e Energia. Monumentos como a Catedral Metropolitana e o Museu da República, que também ficam na Esplanada, foram alvos de pichações.

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