Trechos do relatório da Polícia Federal sobre a mala de dinheiro carregada pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures supostamente para Michel Temer dizem “concluir pela prática” do crime de corrupção passiva do presidente Temer “em face de, valendo-se da interposição de Rodrigo Rocha Loures, ter aceitado promessa de vantagem indevida em razão da função”.
A Folha relata:
A investigação destaca o fato de Temer ter feito a “nomeação” de Loures para tratar com Joesley Batista, conforme diálogo entre o presidente e o sócio da JBS no dia 7 de março. Segundo a PF, Loures então “recebeu minuciosas orientações” de Joesley “a respeito de questões que interessavam” ao grupo J&F junto ao governo.
O relatório diz que Loures telefonou depois ao presidente interino do Cade, Gilvandro de Araújo. “Após a ligação, seguindo-se à introdução ‘o Temer mandou falar, vou falar’, Joesley ofertou 5% de propina dos ganhos a Rodrigo da Rocha Loures”, diz a polícia.
O relatório então descreve os passos que levaram à entrega de uma mala de R$ 500 mil a Loures, com destaque para um encontro dele com Ricardo Saud, da JBS, no dia 24 de abril em que, de acordo com a investigação, eles discutiram pagamento de propina.
“Em meio a tais cogitações, Ricardo Saud fez menções a ‘presidente’, sem nunca ter sido corrigido por Rodrigo da Rocha Loures, dando a entender, claramente, por força do contexto, que Michel Temer estava por trás das tratativas”, afirma a PF.
Fonte: Tijolaco



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