A Coca-Cola resolveu investir pesado para tentar vencer seu maior inimigo: o açúcar. E, para derrotá-lo, lançou um desafio para cientistas do mundo tudo. A empresa garante que vai pagar US$ 1 milhão para quem descobrir uma substância natural, sem riscos à saúde e de baixa caloria que consiga tornar-se substituto do famigerado pó branco.
Além disso, o novo produto não pode ser feito à base de estévia ou fruta-dos-monges nem, claro, ser extraído de qualquer espécie de planta protegida. Porém, diante do tamanho da Coca-Cola — que movimenta US$ 4,8 trilhões —, há quem considere a gratificação de US$ 1 milhão pequena. “Eu acho que é barato. Acho que quem encontrar a solução pode ganhar mais que isso”, afirmou Ross Colbert, analista do setor de bebidas do Rabobank ao Quartz.
A premiação é um claro sinal de como o mercado de bebidas nos Estados Unidos está precisando se renovar: 19% menos pessoas bebem refrigerantes atualmente que há 15 anos, sendo a relação com a saúde um dos principais pontos que justificam essa diminuição.
Em julho, organizações não governamentais e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) iniciaram um movimento para aumentar impostos dos refrigerantes. Embora o país seja signatário de planos que recomendam a elevação dos tributos de bebidas açucaradas como forma de conter o avanço de doenças, associações afirmam que as iniciativas registradas até agora são tímidas.
“O Brasil está financiando a epidemia de obesidade”, critica a diretora executiva da ACT Promoção da Saúde, Paula Johns. Em outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou um aumento de 20% no preço dos refrigerantes. A sugestão reforça o plano da Organização Pan-americana de Saúde, de 2014, sugerindo a elevação dos tributos desses produtos.
Fonte: Metropoles



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