A cidade de Anamã está assustada, durante cesariana, criança foi degolada. Segundo equipe médica ela já está morta.
A agricultora Valdirene Ferreira de Melo, 32 ano, moradora da comunidade Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, região do Iauara, zona rural de Anamã, mãe do bebê Emanuel, degolado em trabalho de parto, no hospital do município de Anamã, já teve alta e apesar de comovida com o que ocorreu com sua criança, seu estado de saúde é estável.
O fato ocorrido na ultima quinta-feira, 15, quando Valdirene entrou em trabalho de parto naquela unidade de saúde com forte dores para parir, teve grande repercussão no município. Ainda inconformados com o ocorrido, familiares de Valdirene procuraram a reportagem de N@.com para relatar o caso.
Segundo eles a agricultora que estava gravida de 9 meses deu entrada no Hospital Francisco Sales de Moura, em trabalho de parto por volta das 10 horas da manhã e a uma da tarde foi submetida a uma cesária, pois segundo a equipe médica, ela não teve condições de ter a criança pelo processo natural.
O que chamou atenção dos parentes foi que após a cirurgia a família foi informada que Valdirene passava bem, mas que a criança tinha ido a óbito. Ao receberem o corpo para sepultamento, familiares perceberam um grande corte na região do pescoço de Emanuel, nome que seria dado ao bebê, o fato revoltou a família, que não teria sido avisada de nada até então. ” A gente não aceita a versão da direção do Hospital de Anamã, de que para salvar a mãe foi preciso fazer a cirurgia cesárea, porque a criança já se encontrava morta, agora eu pergunto, qual foi o motivo do meu sobrinho ser degolado já que ele estava morto?”, questionou Lidiane Souza, tia do bebê.
Ja em casa, após receber alta do hospital, Valdirene chora a perda de Emanuel, de forma tão estranha e quer saber o que realmente ocorreu, com aquele que seria seu quarto filho. Do outro lado Lidiane, irmã da vítima, não se conforma com o relato dos fatos feitos pelo hospital. ” Estão querendo abafar o caso da morte do meu sobrinho, nós não podemos aceitar e deixar um fato dessa natureza impuni", destacou.
Segundo a direção do hospital Francisca Sales de Moura, a parturiente chegou ao hospital com dores e logo depois iniciou o trabalho de parto, onde a criança ficou com a cabeça presa na vagina da mãe, impedindo o nascimento do bebê. A partir daí, a pesar do esforço da equipe médica, mãe bebê não tiveram mais forças para darem prosseguimento ao parto normal, o que foi preciso a intervenção cirúrgica. Durante a tentativa de nascer pelo processo natural, a criança veio a óbito, e a equipe médica, passou a priorizar a vida da mãe, o que motivou separar a cabeça da criança do corpo, para que a outra parte fosse retirada de forma mais rápida pela abertura cirúrgica.
Esse relato foi feito pela equipe médica do hospital, em sessão da Câmara Municipal de Anamã, na manhã desta segunda-feira, 19, em espaço solicitado pela secretaria de saúde do município para que a direção do hospital desse esclarecimentos às autoridades e população, sobre esse fato que virou os comentários dos últimos dias nas redes sociais e esquinas da pequena Anamã.
Em nota a SUSAM informou que o procedimento foi necessário porque a criança estava com a cabeça encarada na vagina da mãe. A Secretaria de Estado de Saúde informou também que no momento do parto, a família foi consultada e deu o consentimento para os procedimentos, que foram feitos dentro dos padrões médicos



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