O
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin determinou que Polícia
Federal dê cumprimento à determinação de interrogar o ex-presidente José
Sarney, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e o
ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado no âmbito de um dos inquéritos da
Operação Lava Jato.
No
despacho, de segunda-feira (20), Fachin autorizou também que sejam recolhidos,
junto a empresas de transporte aéreo de passageiros, todos os registros de
passagens emitidas e utilizadas por Sérgio Machado no âmbito de um dos
inquéritos da Operação Lava Jato.
No
despacho, de segunda-feira (20), Fachin autorizou também que sejam recolhidos,
junto a empresas de transporte aéreo de passageiros, todos os registros de
passagens emitidas e utilizadas por Sérgio Machado entre 1º/12/2015 e
20/5/2016. Fachin, no entanto, deixou em suspenso a autorização solicitada pela
Procuradoria-Geral da República para a obtenção "de todos os registros de
acesso às dependências do Tribunal em nome de Eduardo Antônio Lucho Ferrão
(advogado) no ano de 2016 com todas as informações e arquivos
relacionados" Segundo Janot, na descrição dos fatos ocorridos, "Renan
Calheiros e José Sarney prometem a Sergio Machado que vão acionar o advogado
Eduardo Ferrão e o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar
Asfor Rocha para influenciar na decisão de Vossa Excelência (Teori Zavascki)
sobre possível desmembramento do inquérito de Sérgio Machado". Fachin já
havia autorizado esta medida, quando da abertura do inquérito, mas ela não foi
cumprida diante de um impasse surgido no processo.
O
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que o ministro
reconsiderasse a decisão argumentando que isto "invade a esfera de atuação
profissional" e infringiria normas. A PGR, em resposta ao pedido de
impugnação feito pela OAB, solicitou a Fachin que rejeitasse o pedido da
entidade e referendasse o prosseguimento das investigações. Fachin disse que,
em momento posterior, irá deliberar sobre o impasse entre a OAB e a PGR
referente à obtenção dos dados do advogado.
Defesas
A
reportagem não conseguiu falar com as defesas de todos os envolvidos nesta
quarta-feira, 22. Mas, quando o ministro Edson Fachin autorizou a abertura do
inquérito, em fevereiro, o senador Renan Calheiros disse, em nota que
"reafirma que não fez nenhum ato para dificultar ou embaraçar qualquer
investigação, já que é um defensor da independência entre os poderes".
Procurada, a defesa de Machado informou que o ex-diretor da Transpetro está
colaborando com as investigações.
FONTE:noticias.uol
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