
O vírus correu solto com os pedidos de voto. Em 2020, falou-se em prorrogação de mandato e juntar eleições. Porém o TSE, ja presidido pelo Ministro Luiz Roberto Barroso, aceitou apenas tirar a votação de outubro e atrasar em dois meses o calendário. Foi uma eleição curta, quase uma disputa de 50 metros de nado raso, com eleitores assustados e enorme índice de abstenção. Já a campanha de 2022 está sendo muito antecipada.
Faltando mais de um ano para o pleito, os candidatos já estão nas ruas e acordos partidários proliferam. O ano de 2021 deveria ser um período de entregas dos governos estaduais e do federal. O que assistimos é inédito na vida política brasileira: uma campanha eleitoral de 15 meses. Se o vírus assustava em 2020, agora ele é usado para detonar candidatos e ungir outros.
Esses embates antecipados em nada contribuem para o país e para os estados. Formam um lodo eleitoral, que dificilmente resistirá até agosto de 2022. Tudo que temos até agora é um castelo de cartas e uma perda enorme de energia.
Fonte: Correio da Manhã (RJ).


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